FLOReAR
Acorda na manhã
Cedinho
Cantando passarinho
Que te viu
Nascer
Brincar de correr
Escola
Campo joga
Bola
Mundo
Derreter promessas
De um dia ser...
Pula
De noitinha
Cama da vovó
Pro medo não te ver...
Dança
Em palavras Cruas
Nus
Abraços para desfazer
Conceito
Feito
De varal desfeito
Roupa de te esconder
Em versos
Inversos
Na manhã de noite
Um sol de luar
Agradecer
Recife das manhãs
Acariciando manhãs
Num despertar
Levemente envergonhado...
Olho nuvens
Janela entreaberta
O sol quente...
Invade meu corpo
Em silêncio diz:
“ levante...”
Des[cubro] nele
O que ainda
Não sei de mim.
Para Camila de Sá
Na busca pelo mar
Me percebo gota...
Dessas de temporal
Que caem só...
Pela noite adentro
Coberto pelo pó das estrelas de Sá
Relembro histórias umbilicais
E assim percebo que ser Gota...
É também ser MAR
Paulista quinta-feira
Como pode
fazer caber uma vida toda
Dentro de
um pequeno carrinho de feira?
Entre
sorrisos de criança a voar em fantasias
Vejo de
longe a real-idade que vem vestida de nudez...
Do fundo do baú...
Fome, sede, vida
Falta! Falta vida
Fim! Fim a vida
Decreto, decretado
Descrente, descontente
A água! Que água?
A vida! Que vida?
Ser, estar, deixar, fazer
Querer, querer ter
Ter e querer, querer...
Querer mais e mais, sempre mais!
Deixar, acabar, usar, desfazer
Não ter, matar, enriquecer
Apodrecer ou podre ser?
Mas sobreviver, sobre-viver
Pisar, arrancar, desmatar
Até o fim!
Até que o fim nos acabe
Até que acabemos no fim!
Dor, desamor, desamparo
Prazer, prazer em ter, ter o fim
Alegar, mentir, fingir
Fugir, fugir daqui
Desculpar, culpar,
culpa?
Não ter culpa, não se tem culpados!
Antes, anterior, antecessor, até supor
Supor, suportar, subornar
Suplicar, suplicar amor
Amor... A
morte!
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